COLEÇÃO DE INSTRUMENTOS DE JOÃO PEDRO TEIXEIRA

Uma jornada pela evolução da família do acordeão

 A Coleção de Instrumentos de João Pedro Teixeira explora a evolução da família do acordeão, desde o antigo Sheng até as variações modernas. Apresenta os primeiros instrumentos de fole, como o Acordeão Demian e a Flutina, o desenvolvimento dos acordeões diatônicos e cromáticos, e adaptações regionais, como o Acordeão Cajun e o Bandoneon. A coleção também inclui instrumentos folclóricos, como o Organetto italiano e diversas concertinas, refletindo as diversas formas que essa família de instrumentos assumiu ao longo das culturas e do tempo.  

Sheng:

Um antigo instrumento musical chinês que remonta a 2.700 anos antes de Cristo, é considerado o precursor do acordeão e de outros instrumentos de palheta livre, como o bandoneon, as concertinas, a gaita e o harmônio. 

Acordeão Demian:

O acordeão de Cyrill Demian foi o primeiro acordeão (ano: 1829) no qual, pela primeira vez, as palhetas internas do sheng foram colocadas em uma pequena caixa de madeira com alguns botões e um fole.

Acordeão diatônico:

 Conhecido no Brasil como gaita ponto , fole de oito baixos ou pé de bode , este aerofone bisonórico produz dois sons diferentes por botão — um ao abrir o fole e outro ao fechá-lo — usando palhetas livres como o antigo acordeão Demian.  

Acordeão Cajun:
 

 É definido como um acordeão diatônico de fileira única, em contraste com os instrumentos de fileira múltipla comumente usados ​​em outros estilos musicais. O acordeão Cajun é amplamente utilizado em Quebec, Canadá, e Louisiana, EUA, onde os músicos costumam executar batidas rítmicas com os pés enquanto tocam. 

Organetto italiano:

 Foi um precursor da tarantela e da música tradicional italiana. O instrumento pertence à família do acordeão diatônico, mas possui apenas dois botões graves e uma fileira e meia de botões agudos, produzindo um som distintamente característico de seu país de origem. 

Concertina Anglo:

 É um instrumento hexagonal, acionado por fole, notável pela ausência das correias tradicionais. Em vez disso, é segurado deslizando as mãos por presilhas de couro, com os polegares para fora e as palmas apoiadas em barras de madeira. As concertinas anglo-saxônicas estão intimamente associadas à música tradicional da Irlanda e da Inglaterra. 

Concertina Portuguesa:

 É um tipo de acordeão diatônico com 12 botões graves e 3 fileiras de botões agudos na mão direita. Suas características únicas residem na distribuição das notas e no seu som característico, apresentando um vibrato típico da cana-verde , do vira e de outros ritmos da música tradicional portuguesa. 

Bandoneon:

 É um instrumento semelhante à concertina, muito popular na Argentina e no Uruguai, e o instrumento principal de uma orquestra de tango. Foi criado na Alemanha e levado para a América do Sul no início do século XX, onde se tornou um ícone do tango. 

Acordeão de botões cromáticos:
 

 É um tipo de acordeão de botões (ano: 1890) em que o teclado da mão direita não é diatônico, pois contém todas as notas organizadas cromaticamente. A configuração de baixo mais comumente usada possui 120 botões de baixo. 

Acordeão de piano:

 É o instrumento mais conhecido no Brasil, também chamado de gaita ou sanfona . Sua principal característica é o teclado semelhante ao de um piano, do lado direito, com botões do lado esquerdo. Disponível em uma ampla variedade de tamanhos, com diferentes números de teclas e botões de graves. 

Flutina:
 

 A Flutina é um instrumento antigo, acionado por fole, que desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento do acordeão de botões diatônicos. É frequentemente considerada a precursora dos acordeões diatônicos mais conhecidos, pois ajudou a moldar o design e a mecânica que mais tarde seriam adotados em sua criação.